Verde que te quero ver-te, de Rosina Becker do Valle e Amazoceno, de Gabriel Giucci estão em cartaz na Danielian Rio.
O tempo histórico não é linear: o presente é sempre uma reconfiguração do passado. A partir desse entendimento, a Danielian Rio apresenta, simultaneamente, as duas exposições profundamente conectadas com o tema da floresta.
Em Verde que te quero ver-te, Rosina mostra que tudo nasce de uma floresta íntima, animada por cores saturadas e personagens mitológicos do cotidiano. Já no Amazoceno, Gabriel transforma a floresta em palco de uma imaginária época anterior à presença humana. É uma pré-história possível, uma fábula crítica do tempo presente.
O ponto de encontro entre as exposições, por conseguinte, é a potência da imagem em reconstruir narrativas sobre o Brasil. Se para Rosina a floresta é cultura que emerge da terra, para Gabriel, é uma geopolítica sensível, onde a fauna se impõe como sujeito.
– Continua Depois da Publicidade –
Paralelo com modernistas e tempo geológico
Os curadores Marcus Lontra e Rafael Peixoto elaboraram a mostra de forma a demonstrar como Rosina traça paralelos com artistas modernistas, como Djanira e Tarsila do Amaral, bem como Gabriel amplia o campo da pintura contemporânea ao propor uma iconografia animal, desprovida de idealização. A mostra de Giucci se refere ao tempo geológico da Amazônia como um organismo em disputa, entrelaçando ficção e ciência.
Informações Exposição na Galeria Danielian Rio
Local: Danielian Rio – Gávea
Data: Até 19 de Julho • Segunda a Sexta – 11:00 h às 19:00 h • Sábado – 11:00 h às 17:00 h
Mais Informações: Clique Aqui