Términos de relações, novos começos, sustos e tropeços de casais são o tema da peça Tudo que é bom…, em cartaz no Cine Teatro Jóia.
Renê Belmonte utiliza uma carpintaria teatral de diálogos rápidos, esquetes engraçados, mas que ao mesmo tempo colocam para pensar sobre algumas histórias de fins de casos, casamentos, namoros e quetais.
Em cena, seis atores se revezam em vários papéis que emocionam e fazem a plateia rir muito. São retratos três por quatro de relações humanas perpassadas por dúvidas, dores e fraturas emocionais. Não obstante, são colocadas de modo bem-humorado, trazendo leveza para situações que podem ser encaradas como difíceis de atravessar.
O melhor do espetáculo, na minha opinião, é exatamente isso: trazer situações que podem ser muito dolorosas para o mundo do humor e da diversão. Embora não tenha me atravessado no lugar do riso frouxo, fui capaz de refletir sobre muitas situações que vivi e que me doeram muito. O processo de trazê-las ao palco daquela forma, a transubstanciaram em memórias agradáveis.
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Escrita por Renê Belmonte e dirigida por ele e Luís D’Mohr, as comédias românticas trazidas à cena são comentadas por um casal que fica na plateia. Um detalhe que diverte e ao mesmo tempo coloca questões patriarcais e relacionais em perspectiva.
No elenco, Valentina Bulc, Vini Cavalieri, Ana Cecília Mamede, Rafael Oliveira, se revezam em personagens interessantíssimos. Além disso, Gui Albuquerque e Mila Carmo nos divertem com os comentários alusivos à cena passada. A luz funciona muito bem como recurso cênico e os figurinos são ótimos.
Essa comédia ácida, romântica e absurda sobre o fim dos relacionamentos, e tudo o que acontece antes, durante e depois disso, tem 8 términos diferentes e você pode escolher o seu.
Informações Tudo que é bom…
Local: Cine Teatro Joia – Av. Nossa Sra. de Copacabana
Data: Até 30 de Junho • Segundas – 20:00 h
Classificação Indicativa: 14 anos
Duração: 70 minutos
Ingresso: Compre Aqui