Uma releitura da performance criada em 2021, em homenagem à artista e escritora Raquel Trindade, ao Orixá Obaluayê e a importância da reconexão com nossas origens.
A Terra precisa de cura e de religação com a ancestralidade. A premissa da performance Pedra Cantada em Assentamento, que acontecerá na exposição Ancestral: Afro-Américas.
“A realidade imposta no Brasil e no mundo presente nos evoca, sem dúvida, a urgência de reconciliações que nos permitam desatar o nó da marafunda colonial e nos reaproximarmos, enquanto humanidade, de um reavivamento do mundo com o axé (energia vital)“, afirma Aretha Sadick.
Na performance, Aretha utilizará um manto espelhado, criado pela multiartista A Transälien. Ao refletir a luz do Sol, símbolo do Orixá Obaluayê, evoca a cura e a saúde da terra, algo urgente na contemporaneidade. Uma artista estará no atabaque, tocando o som sagrado que traz o dono senhor da terra para sua dança ritual, o Opanijé.
“A gente viajou longamente e se inebriou com todos os neoliberalismos, capitalismos e tudo mais que se estabeleceu, mas vimos que não funcionou e isso nos levou agora para uma ideia de colapso. Então o convite da performance é esse retorno ao chamado ancestral, a esse chamado da terra. Retornar ao rio depois de tanto tempo, também é, para mim, mais uma parte dessa reconexão. Ouvir esses chamados essenciais que a gente, como humanidade, acabou perdendo um pouco de vista“, conta Sadick.
Informações Pedra Cantada em Assentamento
Artista: Aretha Sadick
Data: 09 de Agosto – 11:00 h e 15:00 h
Local: Centro Cultural do Banco do Brasil Rio de Janeiro – Rua Primeiro de Março, 66
Entrada Franca