Conversa Mulher Negra, Afetividade e Solidão, com a artista e ativista Panmela Castro e a educadora e comunicadora Pâmela Carvalho.
Com o objetivo de refletir sobre a exclusão afetiva vivida por mulheres negras em diferentes esferas da vida, será realizada a conversa Mulher Negra, Afetividade e Solidão. Um diálogo necessário com a artista e ativista Panmela Castro e a educadora e comunicadora Pâmela Carvalho. A mediação será feita pela coordenadora de comunicação da Rede NAMI Maybel Sulamita.
A conversa, gratuita e aberta ao público, será realizada na exposição Direito ao Afeto, de Panmela Castro, em cartaz até agosto no Pavilhão Victor Brecheret.
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Com curadoria de Keyna Eleison, a exposição transforma flores enviadas pelo público em pinturas feitas pela artista Panmela Castro. Inspirada em um manifesto elaborado pela artista, a mostra parte da premissa de que o afeto não é privilégio – é um direito fundamental. Essa frase sintetiza um percurso iniciado anos antes com a série Mulheres Negras Não Recebem Flores, nascida após a viralização do texto da escritora Gabriela Moura, que denunciava a exclusão afetiva de mulheres negras.
“Sou uma mulher negra, e por muito tempo fui ensinada a não esperar cuidado. Essa exposição é uma forma de dizer que merecemos afeto, sim. E que merecemos recebê-lo em vida, em público, em gesto. Flores são só o começo”, afirma a artista.
Integrando o programa educativo da exposição, a conversa ampliará as discussões sobre o tema, debatendo as estruturas que negam às mulheres negras o direito de viver o afeto como um princípio fundamental. O debate não se limita aos relacionamentos amorosos, mas abrange também as relações familiares, profissionais, comunitárias e institucionais.
“Assim como bell hooks nos lembra, o amor não é apenas uma emoção, mas uma prática política. O programa educativo de Direito ao Afeto propõe exatamente isso: transformar o afeto em espaço de reflexão, ação e escuta coletiva.”, diz Panmela Castro.
“Falar da solidão da mulher negra numa exposição sobre afeto como direito é não só urgente, mas também revolucionário. A gente vive num país onde o afeto ainda é distribuído de forma desigual, como se fosse privilégio de alguns e não direito de todes. E quando falamos de mulheres negras, estamos falando de corpos que historicamente foram ensinados a servir, mas quase nunca a serem cuidados, amados, desejados ou priorizados. A solidão da mulher negra não é só estar sem companhia – é estar à margem do imaginário do amor, é ser invisível aos olhos do afeto.”, ressalta Pâmela Carvalho.
Oficina Modelo Vivo Botânico
Ainda como parte da mostra, no dia 12 de julho, às 13:00 h, será realizada a Oficina de Modelo Vivo Botânico, que convida o público a desenhar e pintar flores e plantas do Parque da Catacumba. A artista Panmela Castro também estará presente na exposição, em alguns finais de semana, realizando pinturas ao vivo.
Com realização do Arte Clube Jacarandá, Lagoa Aventuras e Panmela Castro Cultura e Arte, a exposição está instalada em um parque ecológico e convida o público a desacelerar e refletir sobre o que significa ser visto, celebrado e cuidado. A mostra também se conecta a discussões contemporâneas sobre os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis) e justiça climática. Segundo dados da ONU, mulheres negras e indígenas são as mais afetadas pelas crises ambientais.
Informações Conversa Panmela Castro
Local: Pavilhão Victor Brecheret – Parque da Catacumba
Data: 07 de Junho – 11:00 h
Classificação: Livre
Ingresso: Entrada Gratuita
Informações Exposição Direito ao Afeto
Local: Pavilhão Victor Brecheret – Parque da Catacumba
Data: Até 2 de Agosto • Terça a Sexta – 11:00 h e 15:00 h • Sábado e Domingo -10:00 h às 16:00 h
Classificação: Livre
Ingresso: Clique Aqui